vidinha

eu não sei por que, mas quando eu leio coisas melancólicas, elas dizem tudo que a gente sente, sempre, todas as vezes que leio parece que aquilo está dizendo tudo o que eu to sentindo, independente do que seja. agora, eu não sei o que eu to sentindo, eu sei que é bom sempre se manter ocupada, as vezes é melhor nem ler nada melancólico, mas é impressionante como que não consigo achar graça em nenhuma das comédias que leio, aliás, sempre considero elas muito ridículas e absurdas, o exagero me irrita, e  no humor, sempre tem exagero…

as coisas melancólicas podem as vezes nos deixar mais melancólicos, meu chefe me chingou por que escuto músicas “deprê”, mas as músicas que não são depre, nunca me dizem nada a não ser pornografia, e asneiras, o que me faz ficar burrra, eu acho.

as vezes me sinto muito adulta e madura, tento me comparar com as outras pessoas e tentar ver que eu sei muito pouco da vida mas que pelo que eu vivi sei bastante, e as vezes, na maioria delas, acho que eu ainda tenho muito que aprender da vida, claro eu sei que sim, mas penso que sou infantil ainda, e que ficar nessa vidinha não vai me fazer amadurecer, ou vai, mas será que eu tenho que passar por tudo isso pra saber? as dúvidas me fazem mal, mais mal que eu imaginava que fizessem, não sei mas acho que só ter certeza também deve fazer

sempre penso que queria levar a vida bem mais numa boa, e não se preocupar se daqui a 10, 15 ou 20 anos quem eu vou ser, se vou comer da minha comida ou ainda serei sustentada, se vou poder andar no meu carro ou vou andar eternamente de ônibus, claro, sempre queremos que a vida melhora, mas como ter certeza, como saber se fazemos a escolha certa na hora certa? se tivessemos escolhido diferente a vida poderia ser diferente, se nao tivessemos aqui estaríamos lá, e assim por diante

vejo as pessoas a minha volta, será que a vida delas é completa, será que ninguém tem fantasias? eu tenho eu sempre as tenho, e nem sempre elas são boas, as vezes são fantasias melancólicas a (pré)aborrecimento, invenção de problemas, antecipação sem saber o que realmente se passa… e isso me faz mal, mas prefiro acreditar nesse tipo de fantasia do que ter uma fantasia positiva e sofrer decepções sim por que a gente só fala com a boca que decepção ensina a viver, só com a boca…

gosto de acreditar nas pessoas, e as vezes me sinto uma ingênua burrinha por isso, inocência defitivamente não é uma virtude pra mim, mas também não sei, se houvesse mais malícia em mim quem sabe não seria uma coisa boa….. é, a dúvida dói e muito, mas a certeza também, deve ser muito monótona, saber sempre o que se sente, saber o que acontece e como funciona cada coisa e qual a consequência de cada ato, dos pensados e dos impensados isso também não deve ser bom, embora, eu ache que nínguem tem certeza de tudo, ninguem vive na monotonia total, acho que não, ou quero acreditar que não, porque não é possível…..

Um pensamento sobre “vidinha

  1. pequena, você não é burra de acreditar nas pessoas.
    elas é que são burras de acharem que enganar, ou fazer mal vai servir pra alguma coisa.

    e nada de monotonia.
    vejo muitas cores em você!

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